Grupo
de Fandango Professora Helmosa
Morretes
se orgulha em preservar a Cultura dos nossos antepassados, através
do ruidoso fandango que, trazido de Portugal pelos sucessores de Cabral,
é ainda hoje preservado em nossa cidade.
No passado o fandango
era dançado no “entrudo” (precursor do carnaval),
e nos famosos “pichiruns” quando o dono
da colheita, em agradecimento aos participantes voluntários,
sacrificaram uma rês, para fazer o barreado, prata inseparável
do Fandango, acompanhado de uma boa pinga, que era oferecida a todos.
São muitas as marcas do Fandango
e estão divididas em dois grupos: as batidas e as valseadas.
As marcas batida são: Anu, Xarazinho, Andorinha, Marinheiro e
as batidas e valseadas são Queromana, Tonta, Cana-Verde, Chico.
Tiraninha, Feliz, Sabiá, etc...
O Fandango de Morretes
teve seus tempos áureos quando era supervisionado pela Professora
Helmosa Salomão Richter, de saudosa memória, que através
do Fandango, levou o nome de nossa cidade a vários Estados brasileiros,
inclusive ao Distrito Federal.
Após o falecimento da Professora
Helmosa, o Fandango caiu no esquecimento.
Felizmente, conseguimos resgatar o nosso
Fandango, com a colaboração de jovens instrutores, que
com seus ruidosos tamancos e ao som da viola, da rebeca e do adufo,
repassam tão importante cultura aos jovens Morretenses, formando
assim o “Grupo de Fandango Professora Helmosa”, com a realização
da Prefeitura Municipal de Morretes, através da Secretaria Municipal
de Cultura e Esporte, apoio do Rotary Clube de Morretes e patrocínio
da Caixa Econômica Federal.
(Professora Laurice Salomão De Bona - Chefe
da Divisão de Cultura da Secretaria Municipal de Morretes).
O termo “pichiruns” também
encontrado como “puxirão”, palavra muito expressiva,
que poderá significar mais ou menos, o “término
da colheita”. ...Fui convidado para assistir dois desses
puxirões, ficando o seu caráter de negócios
suficientemente evidenciado pela ausência das mulheres,
pois elas, nesses remotos distritos brasileiros, o não
se empregam, como acontece nos países mais civilizados...
Embora na festa do puxirão seja a cachaça que lhe
empresta o principal traço característico, oferecido
sem conta, eu nunca vi nenhum caso de embriaguez nessas ocasiões”.
(Thomas P.
Bigg - Wither esteve no Brasil e no litoral paranaense, por onde
conta suas passagens descrevendo-as com o requinte de um trabalho
etnográfico, de julho de 1872 à abril de 1875).
Também no Novo Dicionário Aurélio, a termo
de puxirão aparece como sinônimo de mutirão.
(Nota: Gilberto Gnoato - o Bugio)
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